domingo, 22 de abril de 2007

Sebastião Mariano de Souza (Tião Tatá)




Na época em que estava sendo construído o Estádio Municipal, encontrou com Luizinho Pereira, técnico do São Lourenço isso aconteceu no fim de 1963 quando tinha 17 anos, perguntou ao técnico da equipe se poderia treinar no clube e foi aceito de imediato, como era uma terça feira chuvosa não seria realizado o treino, (pois os treinos eram realizados as terças e quintas-feiras), porém na quinta se não chovesse seria realizado normalmente. E foi o que aconteceu, foi treinou na quinta e no Domingo já embarcou com a equipe para Catanduva, e a viagem foi de trem, onde o time jogaria contra o Higienópolis.

Tião jogava de volante, posição na qual o titular era Cabelo, ficou no banco, mas no segundo tempo entrou e fez boa partida agradando o técnico.
Surpreso, conta, “por ser novato e a primeira partida chegar e já jogar”.
Em 1964 seu irmão (Zé Tatá), morava em Pindorama, (cidade próxima a Catanduva),
Convidou Tião para jogar no time da cidade, então disputou o campeonato amador daquela região. Em 1965/66 jogou o campeonato amador do estado e em 1967 foi para o CAT de Taquaritinga, mais a pedido do Presidente do São Lourenço Sérgio Felício de Souza - Salim e do técnico Luizinho Pereira, voltou para Matão para disputar a 3ª Divisão do Campeonato Paulista pelo São Lourenço.

Para o Ex-atleta o que mais marcou em sua trajetória no São Lourenço, foi à disputa do Campeonato Paulista da 3ª Divisão, e o grande jogo disputado foi contra a equipe do Sãomanoelense, “marcante porque o adversário tinha um grande time, com grandes jogadores e mesmo assim o São Lourenço venceu o jogo por 1 a 0, mais não se classificou”, lembra.

Em abril de 1969 devido à mudança de sua família de Matão, teve que deixar o clube e foi morar em Tupi Paulista. E no time da cidade disputou a 2ª Divisão do Campeonato Paulista, em 1970/71/72/73, já em 1974 foi para o Dracena Futebol Clube, cidade próxima, em 1975/76 se transferiu para Associação Oswaldo Cruz, em (Oswaldo Cruz) depois da temporada de 1976 encerrou sua carreira no futebol, devido ficar muito tempo longe da família.

Tião fez parte da comissão organizadora da Festa de confraternização do São Lourenço Atlético Clube, faleceu em 06-05-2023

sábado, 21 de abril de 2007

Carmo Davi (Baiano)





Com 14 anos em 1953, Baiano iniciou sua carreira como jogador no São Lourenço, como todo garoto começou na reserva, a posição original era centroavante.

Trabalhava como Alfaiate junto de um companheiro de futebol Everaldo.

Não é à-toa que atuava na posição, pois em um dos jogos dentro da cidade em que atuou pela primeira vez fez 5 gols no qual foram cobrados 5 escanteios e finalizou os 5 com sucesso, o jogo foi contra o Toriba outro clube tradicional da cidade de Matão.

“O pessoal falava assim, faz pênalti, mas não escanteio”, lembra.

Daí o garoto foi se destacando aos poucos, em jogos contra times da região de Matão.

Tinha tudo para dar certo, até que um dia o pai do atleta o saudoso Otacílio Davi Otacilião, que comandava um time juvenil da cidade, disse que iria até Araraquara para comprar equipamentos esportivos para seu time, daí a grande surpresa, foi levado até a Ferroviária para treinar e fazer um teste onde foi bem e foi contratado pelo clube, passou por todas as categorias, Amador, Juvenil e Profissional, como era novo podia atuar em todas as categorias ao mesmo tempo.

“Passei atuar na equipe profissional em definitivo em 1959, onde fiz parte de uma das melhores equipes formada pela Ferroviária”, completa.

Ferrinha como é conhecida não tomava conhecimento de nenhum time, ainda mais quando jogava com os grandes da capital.

“Fui com a Ferroviária para várias excursões para a Europa, Portugal e Espanha”, conta.

O time era formado por atletas que ao longo da carreira se destacaram em grandes clubes do país, o time era formado por:

Rosan, Ismael, e Antoninho, Dirceu, Rodrigues, Cardareli, Faustino, Dudu, Baiano, Bazani e Belini.

Essa equipe da Ferroviária chegou a ficar em terceiro lugar na classificação do Campeonato Paulista e Vice-campeão em 1960.

Com os resultados alguns atletas da Ferrinha foram sondados por grandes clubes da capital e Baiano foi contratado pelo São Paulo Futebol Clube em 1960.

Durante a trajetória no tricolor paulista não conquistou nenhum título, pois na década de 60 existia o Santos de Pelé e companhia, sempre terminava as competições em segundo e terceiro lugar.

“Apesar de não conquistar nenhum título disputei 121 partidas e marquei 60 gols no São Paulo”.

Com boas apresentações no São Paulo rendeu a Baiano à convocação para a tão sonhada Seleção Brasileira onde atuou durante todo ano de 1961, já em 62 ano da Copa do Mundo do Chile, foi cortado alegaram que Baiano sofria de problemas cardíacos, então foi substituído por Amarildo do Botafogo do Rio, que se não fosse o corte Baiano Seria Bi-Campeão do Mundo com a Seleção jogando, já que Amarildo substituiu Pelé que se machucou durante a competição.

“Engraçado que continuei jogando pelo São Paulo por mais três anos até 1965”, lamenta.

Hoje Baiano vive em Matão com muita disposição e bom humor.


Dorvali Geraldo (Túlio)





Com 12 anos Túlio começou a freqüentar os treinos do São Lourenço a partir de 1956/57, sua trajetória no São Lourenço foi marcante graças aos ensinamentos de Luiz Miguel Pereira o Luizinho Pereira técnico do time, foi o ponto alto de sua carreira no time. “Gostava muito de jogar no São Lourenço, que no segundão, equipe aspirante, joguei até de goleiro”.

Túlio jogou no clube por 10 anos, na carreira lembra-se de dois jogos inesquecíveis, o primeiro foi em Analândia em que fez um gol de falta do seu próprio campo e o outro foi em Matão contra o time de Arialva, onde começou uma tabela de cabeça onde foram dados quatro toques e terminou com o gol de Antônio Ap. Longuini o Estação e o jogo terminou 5 a 1 para o São Lourenço.
“Foi um verdadeiro gol de placa”, diz.

“Nessa época jogávamos com amor a camisa, e víamos o sacrifício do técnico e dos dirigentes.

Túlio jogou muitas vezes pela Ferroviária, pois a Ferrinha não tinha centroavante por isso Túlio era contratado para atuar em vários jogos, mais o grande amor de sempre foi o São Lourenço. “O São Lourenço não era um saco de pancadas, era considerado um time imbatível”, afirma.
Conta com muita emoção que sente saudade dos velhos tempos em que atuava pelo São Lourenço. Era um jogador completo chutava bem com as duas pernas, cabeceava, batia faltas e pênaltis. Certa vez em um torneio o jogo foi decidido nos pênaltis, e na época eram cobrados três pênaltis e só um jogador cobrava, o cobrador oficial era Túlio que cobrou os três e converteu o adversário também.
“Fomos cobrando até o entardecer e como não havia iluminação no estádio o título foi decidido no cara e coroa, era tão pé quente que ganhamos o torneio na moedinha”, lembra.
Nos dias de hoje Túlio ainda joga futebol nos finais de semana em São Paulo onde vive atualmente e não falta a nenhuma festa de confraternização do clube. Mesmo passando dos sessenta anos, esbanja saúde e disposição.

Baiano

Baiano
Hoje aposentado em Matão.

Baiano

Baiano
Em formação com o São Lourenço;

Baiano

Baiano
Arrematando de cabeça, quando jogava pela Ferroviária contra o São Paulo.

Baiano

Baiano
Agora pelo São Paulo, aplicando um belo drible no adversário;

Baiano

Baiano
Na capa de uma revista esportiva da epoca;

Matão - Mapa