sexta-feira, 4 de maio de 2007

Wilson Luiz Bertachini (Moio)





Meia Direita São Lourenço Atlético Clube





De família tradicional de Matão, Wilson Luiz Bertachini o Moio, em 1946 com 13 anos começou sua trajetória no São Lourenço. Tempos difíceis, já que em 1945 terminará a guerra, era difícil até para comprar equipamentos esportivos como bolas e camisetas, para isso eram necessárias fazer rifas para angariar fundos e comprar os equipamentos.

Eram tão acostumados a jogar descalços que a primeira vez que usaram chuteiras, não se encontravam em campo e ficou boa parte do jogo atrás do placar, até que com ordem do treinador arrancaram as chuteiras e venceram o jogo de virada.

Como grande parte dos atletas trabalhava os treinos eram feitos no final da tarde, quando o técnico chegava enchia as bolas para o treino, preparava tudo. Mas como o campo de treino era próximo ao rio da cidade (São Lourenço), a bola caia no rio demorava porque tinha que entrar para retirar a bola, sem contar que isso tornava a bola mais pesada e dura, à famosa bola de tento.

O primeiro jogo oficial de Moio fora da cidade foi em Taquaritinga, em um jogo promovido por Edgar Lombardi, todos estavam eufóricos por atuar pela primeira vez fora de casa.

“Em todos os tempos em que o São Lourenço exercia suas atividades os times eram muito bons, perder era muito difícil”, afirma.

Quando realizavam jogos fora da cidade os atletas eram transportados de caminhão que era cedido pela Administração Municipal ou de trem.

Segundo o ex-atleta o melhor time de todos os tempos do São Lourenço era formado por: Enéias, Ogui, Tufic, Everaldo, Dalaqua e Dimer, Antônio Tatá, Moio, Baiano, Omil e Zé Coco.

“O Palmeiras veio jogar em Araraquara e o São Lourenço foi convidado para fazer a preliminar contra os aspirantes da Ferroviária, que tinha um bom time e não perdia com facilidade, principalmente em casa, e o São Lourenço meio receoso, a torcida em peso no Estádio. Só que o time não se abateu e venceu o jogo por 2 a 1”, completa.

Moio conta que dentro do clube existem vários momentos, um deles se passa em Santa Adélia, o time era formado em sua maioria por jovens entre 16 e 17 anos e o time da casa já era profissional.

“Quando chegamos à cidade e as pessoas viram a molecada desembarcando, viramos motivo de chacota, ficamos apreensivos, mas quando rolou a bola o time se saiu tão bem e venceu o jogo por 4 a 1 e como na época a diversão dos finais de semana era o futebol o campo estava cheio nos barrancos, pois ainda não existiam as arquibancadas e o São Lourenço com sua molecada foi aplaudido pela torcida”, lembra.

O atleta enfatiza ainda que um time que enfrentava o São Lourenço de igual pra igual era o Paulista de Araraquara, que contava com jogadores com Dudu (ex-Palmeiras), Dedié, Jarbinhas e Desastre, os jogos eram sempre disputados, 1 a 1, 2 a 2.

Moio sempre foi considerado um Ídolo pelos jogadores mais novos e até hoje ao se falar de São Lourenço, todos se referem à Moio.

Hoje vive em Matão e exerce o cargo de Juiz de Paz.

Um comentário:

  1. Seu conto ficou muito bom e interessante, pois conta a história de um grande jogador de nossa cidade. Que jogava futebol por amor.

    ResponderExcluir

O que achou?

Baiano

Baiano
Hoje aposentado em Matão.

Baiano

Baiano
Em formação com o São Lourenço;

Baiano

Baiano
Arrematando de cabeça, quando jogava pela Ferroviária contra o São Paulo.

Baiano

Baiano
Agora pelo São Paulo, aplicando um belo drible no adversário;

Baiano

Baiano
Na capa de uma revista esportiva da epoca;

Matão - Mapa